Dr. John Lamberton

Artigos do Dr. John Lamberton – Estados Unidos da América, ao Mundo Columbófilo.

A COLUMBOFILIA É UM JOGO

A columbofilia é um jogo. Pode ser jogado de muitas formas. O jogo moderno nasceu na Bélgica em meados de 1800. Na Bélgica, os columbófilos competem com os seus “melhores” pombos contra os “melhores” dos outros. A palavra que melhor define a forma como se joga columbofilia na Bélgica é “melhores”. Por outro lado, a filosofia predominante na versão americana (e portuguesa) da columbofilia é que os columbófilos jogam “todos” os seus pombos contra “todos” os dos outros. Assim, uma maneira simples de diferenciar o jogo columbófilo belga e o americano (ou português) é analisar a diferença entre “melhor” e “todos”.

Quanto a mim, um columbófilo que defende a filosofia belga, o termo “melhores” pombos significa os melhores entre os melhores pombos em termos de reprodução e capacidades voadoras. Quer dizer, os craques da colónia, aqueles pombos que se destacam da média dos restantes. De forma a determinar quais são os nossos “melhores” pombos, deveremos entrar o fascinante mundo das estatísticas. Não tem curiosidade em saber qual o vosso melhor voador? Estou certo que sim. Para tal, criamos uma tabela que nos informa do Tempo para Vencer, ou seja, a diferença de tempo entre o pombo que marcou o primeiro prémio e a hora a que constatamos determinado pombo da nossa equipa. Para simplificar este artigo, a Tabela A apresenta um exemplo hipotético de um columbófilo que encesta nove pombos, no entanto podem elaborar uma tabela com a totalidade dos pombos que compõem a vossa equipa.

Analisemos a Tabela A. Quais serão os melhores pombos da equipa em termos de média de Tempo para Vencer. Os primeiros dois pombos foram constatados quase 3 minutos depois do primeiro. Serão eles os melhores? Os primeiros quatro pontuaram uma média de 8 minutos depois do primeiro prémio. Serão estes os melhores? Os primeiros seis, pontuaram uma média de 23 minutos. Serão estes os melhores? Deveremos incluir também na discussão o Pombo 7? Este pombo pontuou bem abaixo dos Pombos 8 e 9. Será o Pombo 7 um dos melhores?

Vamos agora estudar os vários prémios que os pombos marcaram. Pombo 8, um voador que deveremos eliminar ou, pelo menos, não incluir no grupo dos “melhores”, conquistou um 1º prémio neste concurso. É um vencedor. No entanto, nesta Tabela é penúltimo. Deveremos incluir o Pombo 8 no grupo dos “melhores”, apenas pelo facto de ter vencido este concurso?

Deixem-me examinar as diferenças entre os dois primeiros pombos. O Pombo 1 tem a média mais baixa de Tempo para Vencer. Será este o “melhor” voador? É evidente que o Pombo 2 tem mais prémios de cabeça do que o Pombo 1, no entanto o Pombo 2 marcou o 135º em determinado concurso e um outro em que marcou o 41º. Estes dois concursos remeteram-no para a segunda posição. Se retirássemos um ou os dois concursos em questão, o Pombo 2 seria de longe o melhor classificado da Tabela A. Sendo assim, qual será o “melhor” voador da equipa, o Pombo 1 ou o Pombo 2?

De forma a entenderem o verdadeiro significado destas estatísticas, deveremos incluir também o número médio de pombos em competição. Se o número médio de pombos participantes for 160, nesse caso o 135º do Pombo 2 foi de facto muito mau. Se o número de pombos for 500, então o Pombo 2 ainda marcou no primeiro 1/3 dos participantes. Nem é muito mau, considerando o número de pombos em competição. Se o número de atletas fosse 1500, o Pombo 2 marcaria muito melhor, ou seja o 135º estaria entre os primeiros 10%. Será que nestas circunstâncias o Pombo 2 será o melhor pombo da equipa?

Uma outra estatística que influencia a interpretação desta Tabela é a velocidade a que o concurso foi voado. Se o Pombo 2 marcou o 135º num concurso muito rápido, ou seja, apenas a uns minutos do primeiro prémio, nesse caso o 135º não é assim tão mau.

Vamos agora utilizar outra ferramenta estatística para entendermos melhor o caminho a seguir no sentido de sabermos quais os nossos melhores voadores. O gráfico seguinte mostra-nos a Curva em Forma de Sino, a qual apresenta vários registos, incluindo a média estatística. Se elaborarmos um gráfico destes para cada um dos voadores da nossa equipa, obteremos uma linha que faz lembrar um sino. Uns prémios são mais altos. Outros mais baixos. A maioria deles será entre os dois extremos, esta zona da linha é conhecida por “média” ou “norma”. Para a melhor colónia da colectividade, o prémio médio de toda a Campanha poderá ser um 4º. Para a pior colónia, o prémio médio poderá ser o 60º. Usando a Curva em Forma de Sino como ferramenta estatística, poderemos determinar que os “melhores” pombos são aqueles que marcam acima da média, ou norma, estatística. Se o prémio médio de todos os pombos da equipa for o 18º, nesse caso todos os pombos cuja média seja mais elevada que o 18º são os “melhores” pombos. Na Tabela A, em termos de média estatística de prémios, o Pombo 3 é o que apresenta a mais alta. O Pombo 3 é o “melhor”.

Todas estas discussões sobre quais os “melhores” pombos, implica uma “análise” das performances de uma equipa e requer que as decisões se baseiem nessa análise. Muitos columbófilos não se sentem confortáveis para analisar todos estes dados estatísticos, ou então tomarem decisões sempre difíceis sobre quais os “melhores” pombos da sua equipa. No fim de contas, existem pombos que atingem a sua maturidade como atletas logo no primeiro ano, enquanto que noutros isso só acontece ao segundo ano, melhorando as suas performances com o passar dos anos. Existem pombos que marcam melhor na velocidade, outros no meio-fundo e ainda outros no fundo. Existem pombos que marcam melhor com vento de rabo. Existem pombos que marcam melhor com vento de bico. Existem pombos que marcam melhor com tempo sem nuvens e médias altas, enquanto que outros dão o seu melhor com tempo enevoado.

Em vez de decidirmos via estatísticas quais os “melhores” pombos da nossa equipa, é muito mais fácil encestarmos todo e qualquer pombo nascido no pombal até os perdermos. Muitos columbófilos dizem que deixam que o “cesto” tome as decisões por eles. Submetem-nos semanalmente a treinos ou concursos, fáceis e difíceis. Uns perdem-se, outros não marcam nada e os melhores são mantidos. Se, por um lado, não existe nada de errado com esta prática, não é consistente com o método belga.

O cesto pode e deve ser utilizado como mais um indicador do valor dos pombos que nos pode servir de guia na altura de tomarmos decisões (selecção). Na minha colónia, não fico de um ano para o outro com pombos que não obtiveram resultados satisfatórios. O meu objectivo principal é jogar apenas com os “melhores”, quer isto dizer que para ficar apenas com estes, tenho de tomar decisões difíceis baseadas nos resultados que cada atleta da minha colónia obtém nos treinos e concursos. Disseram-me uma vez que o número de pombos que encestamos afecta as performances de cada um dos voadores. Porquê? Porque é praticamente impossível a um columbófilo gerir e motivar uma equipa numerosa de forma a marcar a maioria dos seus pombos em lugar de top. Conheço alguns columbófilos belgas que têm muitos voadores, mas esses têm várias pessoas que os ajudam diariamente.

Ensinaram-me a jogar com poucos pombos, apenas com os melhores entre os melhores. Este método implica que se tomem decisões difíceis de forma a jogar apenas com os “melhores”, em vez de utilizarmos todos os pombos que nascem no nosso pombal. Ao longo dos anos, descobri que muitos columbófilos mantêm, Campanha após Campanha, muitos pombos que nunca passaram da mediania, com todas as consequências que daí advêm…

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ESTATÍSTICAS SÃO UMA FERRAMENTA ÚTIL

Muitas pessoas têm receio da matemática e das estatísticas. Reconheço que também não me sinto totalmente à vontade com a matemática, mas sinto-me perfeitamente confortável no mundo das estatísticas e aprendi que estas constituem de facto uma ferramenta extremamente útil. A minha prática diz-me que as estatísticas são como uma língua estrangeira que, antes de ser usada, deve ser aprendida. Por outro lado, as estatísticas são utilizadas para analisar dados e estes têm de ser recolhidos ou gerados. Isto leva-nos ao Registo de Recordes. Os Recordes são dados que podem ser analisados estatisticamente. A maioria dos columbófilos não gosta, nem sente necessidade, de registar as performances obtidas pelos seus pombos. Estes registos são quase como mantermos uma conta-corrente do nosso dinheiro. É sinal de inteligência verificar com regularidade a conta-corrente para sabermos quanto dinheiro temos disponível. O mesmo se passa com a nossa colónia. Só temos a ganhar se soubermos quais os pombos da nossa colónia que estão a marcar melhor, de forma a escolhermos a equipa mais forte e, porventura, os pombos designados.

Se não têm por hábito anilhar os borrachos com anilhas electrónicas logo nos primeiros meses de vida, é conveniente registarem manualmente as horas de chegada dos treinos ou concursos. É comum os borrachos chegarem destes treinos num bando compacto, torna-se pois importante registar quais são aqueles que não o fazem. Se os treinos forem individuais, é também importante registar o tempo de voo. Se for voado com vento contra, é possível ao columbófilo chegar a casa antes dos pombos e registar a hora a que entram no pombal.

Efectuar registos do dia-a-dia da nossa colónia é um bom hábito. Revela disciplina. Deve fazer parte da programação de qualquer treino. Os registos proporcionam dados e estes podem ser analisados estatisticamente. As estatísticas podem ajudar os columbófilos a tomarem as decisões difíceis, tais como quais os pombos a designar. As estatísticas ajudam a demonstrar ao columbófilo quais os pombos mais regulares da colónia. O “melhor” pombo da colónia é geralmente aquele que marca sempre nos primeiros 10 ou 20% do mapa classificativo. O “melhor” pombo não é aquele que nunca fica fora do pombal. “O melhor” pombo é aquele que se destaca entre os que nunca falham um mapa. Tais pombos não nascem com muita frequência. Pela minha experiência, nasce um “melhor” em cada 100, por vezes até menos.

Nos últimos seis anos, tirei cerca de 1000 borrachos destinados à competição. Entre estes, obtive 12 pombos campeões distritais e mais uns quantos de colectividade. Nos concursos, por esta ou aquela razão, perdi alguns destes campeões. Apesar de alguns deles terem conseguido os pontos necessários para se sagrarem campeões, perderam-se porque foram encestados para distâncias superiores às suas capacidades, ou não tinham condições para voarem em determinadas condições atmosféricas. Poderá acontecer que tenham batido no voo de regresso, impossibilitando-os de regressarem ao seu pombal. Fazendo as contas, estimo que os pombos campeões que consegui criar foram 20 em 1000, ou seja, cerca de 2%.

Entender a importância do gráfico da Curva em Forma de Sino é um factor decisivo na altura da selecção de fim de Campanha. Se determinado pombal só tem 12 ninhos, é difícil controlar uma equipa com mais de 24 pombos, assumindo que são 12 machos e 12 fêmeas. Se um columbófilo tem 50 pombos no início de Campanha e um pombal com apenas 12 ninhos, como é que poderá tirar o máximo rendimento dos seus atletas? A resposta tradicional é que precisa de aumentar as instalações. Se seguir esse caminho, o mesmo é dizer que vai gastar mais ração, mais água, mais vitaminas, mais medicamentos, mais trabalho, mais dinheiro. Será que isso o levará a marcar melhor? Penso que não.

Como saber quais são os nossos melhores entre os melhores pombos?
Os columbófilos que aparecem semana após semana no topo do mapa são aqueles que voam apenas com os “melhores”, ou seja, são aqueles que no final de cada Campanha ficam apenas com os “melhores” entre os “melhores”. Para estes columbófilos, os concursos confirmam e validam as suas decisões. Quando algum pombo da sua equipa se destaca raramente se surpreendem, pelo contrário surpreendem-se quando uma escolha sua não confirma as expectativas nele depositadas. Em média, quando tais columbófilos fazem o balanço da Campanha, os resultados finais devem-se a um reduzido número de pombos. No que diz respeito à minha colónia, a média é sempre entre 4 a 6 pombos.
Um pombo campeão é um pombo “fora do vulgar”. Não se trata de um voador “normal” ou “médio”. Saliento que não deveremos tolerar pombos “médios”. Digo mais, deveremos eliminar alguns dos bons pombos. Os voadores que não mostrarem o seu valor em duas Campanhas, provavelmente nunca o farão.

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RESPOSTAS A PERGUNTAS COLOCADAS
POR COLUMBÓFILOS…

Pergunta 1
Gostaria que me desse a sua opinião se poderemos utilizar a observação da garganta do pombo como um instrumento de selecção?

Resposta
Apesar de conhecer alguns columbófilos que examinam a garganta dos pombos aquando da selecção, nenhum deles atribui uma importância extrema à estrutura da garganta. Os meus mestres columbófilos examinavam a garganta dos seus pombos apenas para avaliarem o seu estado de saúde. De facto, pombos saudáveis apresentam uma garganta de tonalidade rosa, limpa, ou seja, sem apresentar sinais de mucosidade ou lesões provocadas por tricomonas. Em minha opinião, aquando da selecção, só se deve penalizar um pombo que apresente uma garganta com deficiências que o impeçam de respirar normalmente.
Se algum columbófilo conseguir seleccionar os melhores pombos pela observação da abertura anterior da traqueia, a eles, digo-lhes, força. Nunca desencorajo esta ou aquela pessoa por fazer alguma coisa sobre a qual não tenho experiência ou não entendo a sua importância. Uma coisa eu sei, o facto de não usar este critério na selecção dos meus pombos, não me impediu de ter pombos capazes de aparecer no topo dos mapas.
Como conclusão, direi que o desporto columbófilo não é uma ciência exacta. Por exemplo, muitos columbófilos acreditam que a análise dos olhos é uma teoria totalmente absurda, afirmando mesmo que quem a pratica são columbófilos mal informados ou malucos. Por outro lado, há columbófilos que subscrevem totalmente esta teoria. No meu caso, já lhe dei muita importância, mas actualmente já não ligo muito a este tipo de análise, no entanto, continuo a observar os olhos dos pombos com o auxílio de uma lente (18x), mas não atribuo muita importância àquilo que observo.
No que diz respeito à questão apresentada pelo columbófilo, o que lhe posso dizer é que se conhece algum columbófilo que obtêm boas indicações na observação da abertura anterior da traqueia e fenda palatina, nesse caso siga o seu exemplo.

Pergunta 2
Antes do mais devo informá-lo de que estou a iniciar-me no desporto columbófilo. Tenho 6 casais de reprodutores, dos quais vou tentar tirar alguns borrachos para voar. No futuro, gostaria de cultivar apenas uma ou duas linhas de pombos, mas de momento os meus pombos são de várias origens. Entre eles tenho um macho já velho que já criou bons voadores. Pode dar-me algum conselho de como os acasalar?

Resposta
O meu primeiro conselho é iniciar-se na columbofilia com poucos pombos, mas bons. Referiu que tinha um macho velho que já deu bons filhos. Aconselho pois que tire filhos dele com as melhores fêmeas, passando os ovos para outros casais. Lembre-se que pombos médios dão filhos médios. Bons pombos dão filhos médios. A única forma de tirarmos filhos que marquem no top é criarmos com pombos excepcionais. Talvez possa adquirir duas fêmeas boas para acasalar com o referido macho. Ou, melhor ainda, tenha possibilidade de adquirir um bom casal de reprodutores.
Em segundo lugar, achamos bem que adquira uma equipa de borrachos a um columbófilo que esteja a marcar bem nos últimos anos. Voe com eles, analise os resultados, tire conclusões.
Em terceiro, a ideia de “famílias” de pombos é um mito que persegue desde sempre o desporto columbófilo. De facto, a maioria dos pombos são fruto de cruzamentos de várias origens. Se estudarem os pedigrees de columbófilos famosos ao longo dos anos, irão descobrir que os pedigrees dos seus pombos sofrem alterações profundas cada cinco anos. Por exemplo, os pombos Janssen dos últimos anos, não são os mesmos de há 5, 10, 20 ou 30 anos atrás. Só pelo facto de ser um pombo original Janssen com anilha de 2011, não quer dizer que tenha alguma coisa a ver com as linhas cultivadas pelos Irmãos há 20 ou 30 anos atrás.
Antoine Jacops, é um dos muito poucos columbófilos belgas que conheço que tenta construir uma linha de pombos de top a partir de meia dúzia de reprodutores fora de série. Mesmo assim, os pombos que lhe adquiri nos anos 80 não têm as mesmas linhas dos que lhe adquiri nos últimos anos.
Procure obter alguns bons pombos, não muitos, de determinada origem. Cruze-os em linha com outros pombos de uma boa linha (cruzar em linha é um forma de consanguinidade em que o parentesco entre ambos os elementos do casal é mais afastado). Esqueça o conceito de famílias extraordinárias de pombos. Na maioria dos casos, estas famílias pura e simplesmente não existem. Ad Schaerlaeckens escreveu um bom artigo sobre este assunto. Crie apenas com os melhores pombos da sua colónia. Os restantes devem ser utilizados apenas para criarem os ovos nascidos dos melhores. Nunca crie com pombos que no passado não deram nada de bom, pois é quase certo que assim continuará. Sou de opinião de que é muito mais divertido concorrer com um bom pombo, do que com 20 voadores médios.
Um problema primário do desporto columbófilo praticado na maioria dos países é que os columbófilos pensam ser necessário um grande número de pombos para serem competitivos. Acredito que a diferença está na qualidade e não na quantidade. Voar e reproduzir com poucos mas bons pombos tem uma série de repercussões no dia a dia do pombal. Em primeiro lugar, torna-se difícil termos excesso de pombos. Pouparemos muito dinheiro, pois poucos pombos consomem menos ração, menos medicamentos e, não menos importante, menos tempo para tratar, o que quer dizer mais tempo para a família.
O meu conselho mais importante é pois que procurem praticar columbofilia com poucos pombos, mas bons, e não com uma equipa numerosa de voadores médios.

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TÁBULA RASA E GRAVAÇÃO NA MEMÓRIA

Alguns filósofos e cientistas definem a mente, na altura do nascimento, como uma “lousa em branco” ou “tábula rasa”. Com o passar do tempo, as experiências vividas são gravadas nestas lousas mentais que se reflectem na personalidade de cada um. Por outras palavras, estes cientistas acreditam que a personalidade é o resultado da soma das experiências gravadas nas nossas mentes. Existem também “predisposições” genéticas que, por vezes, influenciam a forma como as experiências são gravadas na lousa. Devem ter aprendido na escola que os patos gravam na sua memória, nas primeiras semanas de vida, uma imagem da sua mãe. Apesar dos patos serem um exemplo típico de gravação na memória, acredito que todos os cérebros gravam as experiências de vida da mesma forma que os patos. As experiências gravadas nos primeiros anos de vida, têm um grande sentido, ou influência, sobre as nossas atitudes e comportamento, uma vez que são primeiras experiências e estas moldam e dirigem a mente humana em certas direcções, tendo por base o conteúdo das primeiras experiências. No caso dos humanos, a memória regista locais, eventos, cheiros, paladares, música, etc., desde os primeiros anos de vida e estes registos tendem a influenciar o nosso comportamento, decisões e preferências ao longo do resto da nossa vida.
Apesar dos humanos não terem a mesma capacidade de gravarem as primeiras experiências com a mesma intensidade dos patos, mesmo assim, o cérebro humano grava as “primeiras experiências” ou as adquiridas nos primeiros anos de vida, com uma intensidade muito maior do que acontece com as que vai tendo enquanto adulto. Acredito que o mesmo se passe com os restantes animais, pombos incluídos. As experiências gravadas na fase do desmame – 5ª semana de vida – a primeira vez fora da protecção dos pais e do ninho – são gravadas com uma intensidade que influencia o seu comportamento para o resto das suas vidas.

As memórias são gravadas em redes de sinapses existentes no cérebro, Acredito que a “primeira” ou primeiras experiências são gravadas de uma forma diferente do que as restantes, simplesmente porque são as primeiras a serem gravadas. Consequentemente, as primeiras experiências influenciam o comportamento de uma forma mais intensa do que todas as outras. Acredito que as primeiras semanas de vida, mais precisamente a 4ª, 5ª e 6ª, representam um ponto mental crítico que determinam o comportamento do pombo para o resto da sua vida. O campeão belga, Antoine Jacops, acredita que os columbófilos devem ser muito rigorosos com os borrachos recém desmamados. Acredita que, nestas primeiras semanas, os columbófilos devem ensinar aos borrachos exactamente aquilo que lhes será exigido enquanto adultos. Nesta ordem de ideias, duas lições são fundamentais, ou seja, entrarem no pombal quando chamados e sem perderem muito tempo. Durante esta fase, usaremos a distribuição da alimentação como instrumento de aprendizagem.
No que diz respeito a entrarem quando chamados, alimentaremos os borrachos no soalho do pombal duas vezes por dia. Sentamo-nos no chão junto aos borrachos, colocamos numa pequena lata uma colher de sopa de ração por ave e lentamente, muito lentamente, vamos deitando no chão um pouco de ração ao mesmo tempo que chamamos por eles. Espalhamos as sementes à nossa volta e chamamos. Tentamos também que venham comer à nossa mão. O que pretendemos ensinar aos borrachos é que se querem comer tem que vir ter connosco. Os mais corajosos e espertos aprendem a lição muito rapidamente, ao contrário dos mais tímidos e pouco espertos. Apontamos o número das anilhas dos mais espertos. Este registo fornece-nos as primeiras indicações sobre quais os futuros melhores voadores. Acreditamos que os melhores voadores estão entre os pombos mais espertos da colónia, ou seja, entre aqueles que rapidamente conseguem substituir o seu medo inato por uma confiança aprendida.
A rapidez com que aprendem a entrar no pombal quando chamados é um forte indicador da capacidade de aprendizagem de cada pombo da nossa colónia. Aconselhamos fortemente a que construam um relacionamento de confiança com os vossos borrachos, um factor fundamental para que mais tarde marquem nos primeiros lugares do mapa. Não tenham dúvidas de que os melhores voadores são aqueles que aprendem rápido e que constróem uma relação de confiança com os seus treinadores.

Entrar rápido é uma acção que também pode ser ensinada. Depois dos borrachos terem aprendido a virem ter connosco quando chamados, é altura de os colocarmos no sputnick ou volière. Passado um curto espaço de tempo, chamamo-los para o interior do pombal e servimos a ração. Só comem a dose completa apenas aqueles que entrarem rápido. Os que demorarem comem apenas algumas sementes e se houver algum que não liga à chamada, esse não comerá. Marco os mais atrasados com uma anilha plástica de uma cor específica. Registo as reacções dos borrachos que respondem atrasados, ou não respondem à chamada. Se algum destes alterar o seu comportamento nos dias seguintes, é adicionado à lista dos cumpridores e as observações negativas a seu respeito serão minimizadas, mas não esquecidas.
Aos borrachos que continuarem a entrar mal, serviremos sempre menos ração até que o seu procedimento seja do nosso agrado. Se, após algumas semanas, continuarem a entrar mal, deixam de fazer parte da colónia. É pois esta a minha primeira grande selecção, só fico com os borrachos que realizam com rapidez as tarefas pretendidas. Lembrem-se que todos aqueles que com regularidade não efectuam as tarefas que lhes pretendemos ensinar, têm uma grande probabilidade de nunca vir a ser voadores de top. Apreciem e valorizem os borrachos que aprendem depressa e não tenham piedade dos que aprendem devagar ou que se recusam a cumprir com as suas obrigações dentro da colónia. Constituem um mau exemplo para os restantes borrachos e devem, por isso, ser eliminados.
Quando ensinarem os pombos a entrar, estabeleçam um limite de tempo realista. Tudo depende do tipo de entrada existente no pombal, seu tamanho e número de pombos. Definam um limite, por exemplo, 30 segundos, um minuto, dois minutos para que todos o borrachos entrem. Não alimentem todo e qualquer borracho que entre depois desse limite. Se não comerem durante 24 horas, os borrachos mais lentos a entrar tendem a ser os primeiros a fazê-lo no dia seguinte.
Por vezes, é difícil, ter a atenção de um borracho. Um pombo com apetite (não estou a falar de um com fome – existe uma grande diferença entre as duas situações) é na maioria das vezes um pombo atento. Alimentar em demasia é a melhor forma de perdermos completamente o controlo de uma equipa de borrachos. Se tiverem uma tendência para dar demasiada ração aos vossos pombos, adicionem-lhe cerca de 20%, ou mais, de cevada. A percentagem de cevada manterá os vossos pombos com apetite, uma vez que equilibrará a vossa mão demasiado “aberta”. Lembrem-se que apesar de quererem o bem-estar dos vossos pombos, alimentar em demasia é prejudicial em termos físicos e mentais, já para não falar no bolso do columbófilo.

Os borrachos que aprendem a entrar ao som do assobio ou do chocalhar da lata da comida, memorizam essa acção para o resto das suas vidas. Se começarem a demorar mais tempo a responder a essa ordem, nesse caso teremos de os relembrar, no entanto a acção que aprenderam ficará para sempre gravada na sua memória. Lembrem-se que a memória dos borrachos recém-desmamados é extremamente absorvente, como uma esponja. Absorvem conhecimento e experiências muito depressa, é por isso que convém ensinar-lhes o básico o mais cedo possível. Não esperem até serem mais velhos, medrosos e ariscos. Não os forcem a obedecer aos vossos chamamentos. Os borrachos recém-desmamados anseiam desesperadamente que os guiem (ensinem) e procuram-no junto dos pais, de outros pombos adultos e até de outros borrachos. É pois importante que o columbófilo se torne o seu principal guia. Compitam com outros pombos pela sua atenção. Tornem-se um professor nesta escola dos pombos. Saciem os borrachos com conhecimento e não com comida. Acalmem os seus receios ensinando-lhes a terem confiança em vós e no vosso sistema de condução da colónia.
Lembrem-se que, se os borrachos aprenderem a usar o medo como a primeira resposta às mais variadas situações, é muito raro conseguirem ultrapassar este problema ao longo das suas vidas, com todas as consequências daí resultantes.
Todos os animais querem atingir a homeostasia, ou seja terem uma vida boa e viverem num ambiente calmo e positivo.
Um pombal caótico é aquele em que o columbófilo e os pombos não se entendem mutuamente. Os borrachos não podem aprender aquilo que não lhes é ensinado. São inteligentes, mas não conseguem ler a mente do columbófilo. Mal saem do ninho, claramente, calmamente, gentilmente e consistentemente, ensinem-lhes as suas obrigações, expectativas e limites. É nesta altura que deveremos ensinar o pormenor básico do que é ser um pombo-correio atleta… entrar quando chamados.
Não se esqueçam que todo o trabalho que tiverem nesta fase da vida dos borrachos, receberão em alegrias num futuro próximo!!!

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A IMPORTÂNCIA DO TERRITÓRIO

Um dos factores chave no instinto de regresso dos pombos-correio é o tipo e dimensão do território que cada um dos atletas voadores defende ou lhe é permitido defender dentro do pombal. É um facto que a vontade de regresso está muito mais ligada à defesa do território tido como dele dentro do pombal, do que ao pombal propriamente dito, ou seja, a dimensão do território que determinado pombo domina é extremamente importante para a sua motivação e, por conseguinte, para a velocidade com que regressa.

Para quem, como eu, joga na viuvez nos ninhos, aconselho que o espaço mínimo (ninho) que cada pombo deve usufruir dentro do pombal é de 25 x 76 cms. Pessoalmente gosto dos ninhos entre 56 a 61 cms de profundidade, ou seja, para facilitar a sua limpeza, esta medida não deve ultrapassar o comprimento do nosso braço. Apesar desta minha preferência, considero aceitável uma profundidade de 76 cms.

A maioria das pessoas atribui uma grande importância à sua casa. Dentro desta, os homens preferem a garagem, o escritório ou a casa de banho, enquanto que as mulheres tendem a gostar mais da cozinha, quarto de dormir e quarto dos filhos. Tanto o homem como a mulher gosta de dormir num determinado quarto que lhes satisfaça as necessidades pessoais e preferências.

Não é surpreendente que o mesmo tipo de preferências se aplique aos pombos-correio, assim como também não estaremos longe da realidade se considerarmos que um poleiro é muito menos desejável do que um ninho. Por outro lado, os ninhos junto ao chão são muito menos desejáveis do que os localizados junto ao tecto. No meu pombal, os ninhos mais baixos estão ao nível da minha cintura.

Nesta ordem de ideias, a minha experiência diz-me que quanto maiores forem os ninhos, mais motivados estarão os pombos para regressarem ao seu território. E porque dizemos isto? Porque os pombos ficam muito mais descansados, relaxados e alerta se não tiverem constantemente a lutar com outros pombos para defenderem o seu pequeno território. Como regra, os ninhos devem ter, no mínimo, 56 x 76 cms. Já vimos ninhos muito maiores. Na Bélgica, existem columbófilos que gostam de ninhos muito grandes e sem frentes.

Esta é uma das razões pela qual preferimos praticar columbofilia com uma colónia pequena. Como gostamos de praticar a viuvez no ninho, se tivéssemos muitos pombos, o pombal teria de ser enorme. O nosso pombal encontra-se dividido em várias secções com a profundidade de 1,5 metro. Não foi por acaso que o construímos assim. Com esta profundidade torna-se muito mais fácil de controlar o comportamento dos pombos. Quando entramos numa secção, pretendemos que cada pombo esteja no seu ninho, em vez de tentar voar para outra secção. Se os machos estiverem no chão, batemos com a nossa varinha na parede e eles sabem, porque foram assim ensinados, que devem ir imediatamente para o seu sítio. Consideramos importante que, enquanto estivermos presentes, os pombos estejam no seu ninho e atentos ao que fazemos.

A nossa experiência diz-nos que pombos voados em ninhos espaçosos, especialmente os mais novos, voam muito melhor e muito mais rápido do que pombos mantidos em pombais sobrelotados.

Acreditamos que os nossos atletas não devem ser tratados como galinhas, vivendo as suas vidas em pequenos espaços, sempre a lutar uns com os outros na tentativa de defenderem um pequeno espaço. De facto, se o que pretendem é competir ao mais alto nível, devem proporcionar aos vossos pombos espaço suficiente para conseguirem manter a motivação sempre em níveis elevados.

A motivação é influenciada de forma significativa pelo tamanho do território defendido por cada atleta do nosso pombal. É pois importante que o columbófilo entenda este importante factor, dê aos seus pombos o espaço de que precisam para despoletarem a verdadeira chave do instinto de regresso.

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TRABALHAR COM OS MELHORES BORRACHOS

Um dos critérios utilizados para definir a qualidade das escolas é baseado na capacidade de aprendizagem da “média” dos alunos. Em diversos sistemas de ensino, os melhores alunos são seleccionados para um Programa de Ensino Avançado, passando a ter aulas em separado dos restantes. Penso que teremos muito a ganhar se aplicarmos o mesmo esquema nas nossas colónias, ou seja, seleccionamos os melhores borrachos do pombal e colocámo-los num Programa de Ensino Avançado. Escolhemos os mais inteligentes, os mais poderosos e os mais atléticos e submetemo-los a um programa de treino muito mais exigente do aquele que costumamos praticar com os demais borrachos. Uma vez que a competição é o cerne do desporto columbófilo, as performances de cada borracho deverão ser o factor principal da selecção.

Comparamos as performances de cada borracho das primeiras duas posturas com as dos mais novos da equipa. De forma a determinarmos quais os melhores borrachos da colónia, teremos de avaliar cada um deles numa base diária, mantendo registos escritos de cada uma das nossas observações. A melhor forma de conhecermos as suas aptidões é, de facto, submetê-los a um programa de treinos em linha, cujos resultados serão cuidadosamente registados e esses dados revelarão quais os melhores e o melhor entre os melhores. Todo e qualquer borracho que regresse significativamente atrasado do que os melhores deverá ser imediatamente retirado da equipa. Cada um de nós deve saber o verdadeiro sentido de… “significativamente atrasado”. Será uma média de 15 minutos atrasado, 30 minutos atrasado, 60 minutos atrasado, 3 horas atrasado, no mesmo dia? Lembrem-se deste facto, quanto mais rigoroso for o critério, mais alto os pombos aparecerão no mapa classificativo. Se continuarem a manter borrachos na equipa que chegam muito depois dos primeiros, não tenham dúvidas que pior serão as vossas marcações a médio e longo prazo. Por esta razão, é fundamental retirarem da equipa todos os borrachos que regressam constantemente dos treinos 60 ou mais minutos após os primeiros.

Depois de retirarmos os mais fracos e os menos inteligentes, os borrachos restantes treinaram mais forte e mais tempo à volta do pombal. A sua aparência terá mais vivacidade, as suas fezes terão um aspecto muito melhor, treinarão com mais garra, enfim dará gosto entrarmos no pombal. Lembrem-se que os mais fracos influenciam sempre negativamente as performances dos melhores borrachos da equipa.

Muitos columbófilos esperam que os borrachos tenham 6 ou 7 meses de idade para os começar a treinar. É habitual nestes columbófilos treinarem em conjunto todos os seus borrachos de forma a seleccionarem os seus melhores. Acreditamos que este processo não é a forma mais correcta de proceder. No nosso caso, seleccionamos os nossos melhores antes do primeiro treino em linha. Ficamos então com uma equipa reduzida de borrachos… a dos melhores. A equipa dos melhores voa mais intensamente, pois usufrui das várias vantagens que uma pequena equipa de pombos proporciona. E porquê? Entre as muitas razões temos o tempo, recursos e esforço. Têm que reconhecer que é muito mais fácil encestar uma pequena equipa do que muitos pombos. Consequentemente, dada a facilidade, esta pequena equipa será submetida a muito mais treinos. Os custos com a alimentação e suplementos alimentares também será menor. Poderemos até servir-lhes uma ração melhor, melhores suplementos e melhores medicamentos e isto sem ultrapassarmos o nosso orçamento.

Há alguns dias atrás, retiramos da equipa um borracho fêmea muito bonita. Era a nossa favorita. Nos treinos diários, era sempre a primeira a pousar no patim. Pensámos que estava cansada, mas o que é certo é que influenciava o bando a entrar mais cedo do que o pretendido. Administramo-lhe medicação e ficamos atentos numa tentativa de descobrirmos a origem do problema. Não apresentava sinais visíveis de ter batido. Nesta fase, a sua condição era um mistério. As suas performances anteriores eram boas. Se a mantivéssemos na equipa enquanto esta estava ser medicada individualmente, esta iria influenciar a equipa a voar até que “ela” ficasse cansada. Nós, pelo contrário, o que queríamos é que a equipa voasse até que o “melhor pombo” ficasse cansado. Esta bonita fêmea não poderia passar a ser o voador pelo qual iríamos avaliar o resto da equipa. Por alguma razão que desconhecemos, passou a ser o denominador mais baixo. Mantê-la na equipa, iria com toda a certeza baixar a qualidade dos treinos diários. Por esta razão, foi retirada. E, na nossa colónia, quando retiramos determinado pombo da equipa, raramente voltam a ocupar o lugar, pelo menos nessa mesma Campanha Desportiva.

Gostávamos mesmo muito desta fêmea, no entanto, por vezes, o processo de selecção é “cruel”, parafraseando Antoine Jacops. Apesar de, em inglês, a palavra “cruel” ter uma conotação negativa, o que Antoine queria dizer é que o processo de selecção deve ser rigoroso, disciplinado e inflexível. É frequente acontecer que os pombos mais bonitos não se revelam como os “melhores” voadores. As expectativas que desenvolvemos para os nossos borrachos caem frequentemente por terra à luz das suas marcações nos treinos e concursos. Esta é a razão pela qual não deveremos cair na tentação de termos favoritos, sei que é extremamente difícil resistir. É uma atitude que faz parte da natureza humana, no entanto não é positivo deixarmos que o favoritismo afecte o nosso julgamento. Se analisarem os vossos registos, é muito difícil que um pombo que tenha causado problemas, tendo sido retirado da equipa por uma ou duas semanas, marque bem no resto dessa mesma Campanha. Poderá fazê-lo na seguinte, mas no mesmo ano é raro isso acontecer.

Sugerimos que o critério a usar para avaliar a vossa equipa de borrachos seja determinado pelo melhor ou melhores da equipa, em vez dos médios ou piores borrachos. O que faço é ir construindo uma segunda equipa apenas com os borrachos que se vão destacando. Desta forma, teremos uma classe de borrachos “prodígio” que iremos submeter a um programa de treinos. O objectivo é elevarmos a fasquia e ao trabalharmos apenas com os melhores, estaremos a aumentar a qualidade do treino e, por conseguinte, os resultados serão proporcionais, o que vos dará uma maior satisfação a jogar o desporto columbófilo!

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O PRAZER DA OBEDIÊNCIA

De acordo com o dicionário online Encarta, a definição de obediência é… “o acto de obedecer, o acto ou prática de seguir instruções, agir de acordo com regras ou regulamentos, ou submeter-se à autoridade de alguém”.De maneira a jogarmos columbofilia sempre para o top, os pombos devem ser obedientes. Não tenham dúvidas, os pombos devem satisfazer as nossas expectativas e seguir as nossas ordens de uma forma diária. Tanto no interior como no exterior do pombal, o comportamento e temperamento de cada pombo da colónia deve satisfazer as nossas expectativas, marcando bem. Apesar do pombo-correio ser uma ave “domesticada” e, por conseguinte, relativamente mansa, cada pombo deve aprender a forma como deve obedecer e satisfazer as nossas expectativas, caso contrário deverá ser retirado da equipa durante um certo período de tempo, ou mesmo para sempre.
Nem todos os pombos são capazes de satisfazer os nossos pedidos mais básicos. Nem todos os pombos são fisicamente e mentalmente capazes de marcar no topo do mapa classificativo. Já o dissemos anteriormente, estimamos em menos de 10% a percentagem de pombos criados anualmente que conseguem marcar nos melhores lugares. Se estes números estiverem relativamente correctos, isto quer dizer que os columbófilos gastam a maior parte do seu tempo e energia a treinar pombos que nunca irão ajudar a equipa a atingir lugares cimeiros.
É frequente ouvirmos os columbófilos afirmar que perderam poucos pombos nos treinos e que, no final da Campanha, ainda ficaram com a maioria dos voadores. Ouvimos menos vezes dizer que este ou aquele pombo marca sempre na primeira ou segunda dezena. Apesar de no final da Campanha sobrarem algumas dezenas de voadores, quantos destes marcaram nos primeiros 10 ou 20%?
Em muitos locais da Bélgica, os prémios atribuídos são na base de um por cada três pombos inscritos, ou seja, se em determinado concurso forem encestados 90 pombos, estarão em disputa 30 prémios (1/3). O principal objectivo dos columbófilos belgas não é a vitória nos campeonatos, mas sim os primeiros prémios ao nível de colectividade, provincial, interprovincial, seminacional, nacional ou mesmo internacional. Quando lemos que um pombo campeão belga ganhou 25 prémios na sua carreira desportiva, isso quer dizer que marcou 25 vezes no primeiro terço do mapa.
Os belgas, em vez de valorizarem o número de pombos que conseguiram completar a Campanha Desportiva, valorizam os atletas que mais vezes marcaram no top concurso a concurso. Ad Schaerlaeckens escreveu várias vezes sobre esta problemática. Afirma que pelo facto de um pombo marcar várias vezes na cabeça, não é sinónimo de ser um campeão. Acredita ser muito importante para o nosso julgamento termos em atenção o número de concursos em que participou. Se determinado pombo marcou 4 prémios de cabeça em 40 encestamentos, deverá ser considerado um campeão?
De forma a marcarmos, semana após semana, na primeira dezena, os pombos devem aprender a ser obedientes. Apesar do instinto de regresso ser inato e a maioria dos pombos regressarem ao seu pombal, marcar na primeira dezena é um assunto completamente diferente que requer um trabalho específico do columbófilo no sentido de ensinarem os seus pombos a voarem para o top.
As lições devem ser intensas, mas simples. Os pombos aprendem o sentido de cada ordem muito gradualmente e, por isso, devem ser dados pequenos passos para se atingir o objectivo final. É um trabalho diário. No nosso pombal, cada acção correcta é recompensada, enquanto que penalizamos os pombos que não cumprem aquilo que pretendemos.
É um trabalho em conjunto, que envolve pombos e columbófilo. As instruções devem ser claras e objectivas. Devem ser fáceis de entender. Os pombos devem respeitar o columbófilo, devem gostar do columbófilo, devem sentir um grau de dependência. O respeito nasce tendo por base uma confiança mútua, a qual se constrói numa base diária. Os nossos atletas devem desejar obedecer-nos. Se este objectivo for alcançado, não tenham dúvidas que o vosso nome aparecerá muitas vezes no topo do mapa classificativo.
Foram as pessoas e não os pombos que criaram o desporto columbófilo. Se, por um lado, os pombos sabem como regressar ao seu pombal, por outro, não sabem jogar columbofilia. Quando os columbófilos deixam os seus pombos à vontade, sem lhes ensinarem o jogo a que irão ser submetidos, estão a abdicar do seu papel de professores à mercê da sorte.
Os mesmos princípios também se aplicam no resto do reino animal, especialmente entre os humanos. Para além das nossas capacidades básicas, as pessoas têm de ser ensinadas a comportarem-se na sociedade, ou a serem bem sucedidas no seu trabalho ou desporto. Da mesma forma que viver bem a vida é um processo educacional para os humanos, também os pombos necessitam de ser educados. Este processo deve ser recompensador, tanto para os pombos, como para o columbófilo. Uma coisa é certa, a obediência envolve os pombos e o columbófilo, ou seja, se este não fizer um bom trabalho diariamente, como pode pedir aos pombos para marcarem bem?
Muitos columbófilos não querem ou não podem ter este trabalho e, por esta razão, têm colónias numerosas na expectativa de entre muitos saírem dois ou três a marcar bem. Nós, pelo contrário, não nos baseamos na sorte, preferimos jogar este desporto tendo por base a educação e a obediência dos nossos atletas. Desta forma, obtemos muito mais gozo e satisfação a praticar columbofilia.
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A TERRA NÃO É PLANA

Recebi um correio electrónico interessante de um columbófilo que vai retomar a prática columbófila após vários anos de interregno. É compreensível que a maioria dos columbófilos da sua colectividade jogue os seus pombos na viuvez em poleiros. Informou-me que as colónias têm entre 80 a 150 pombos. Este columbófilo está interessado em constituir uma colónia mais reduzida e jogar na viuvez clássica, no entanto, está receoso em praticar e competir com um método distinto dos demais. Pensa ainda que para se ser competitivo terá de ter 100 ou mais voadores. A nossa resposta é a que segue…
Obrigado pelo seu correio electrónico. É perfeitamente compreensível e previsível que se verifique uma influência dos columbófilos da colectividade para utilizar o seu método de jogo. Será necessária uma grande força de vontade para quebrar esse estereotipo histórico que prevalece na colectividade.
Há muito tempo atrás, pensava-se que a Terra era plana. Os marinheiros avisavam outros marinheiros para não se afastarem muito pois cairiam da Terra. No entanto, a história da humanidade sempre arranjou maneira, de uma forma ou de outra, de contornar os problemas. Eventualmente, certo capitão de uma qualquer embarcação que seria um sonhador, um rebelde, louco ou totalmente bêbado, decidiu navegar para além do fim da Terra e aconteceu uma coisa estranha. A sua embarcação não caiu. O capitão e a sua tripulação não morreram. A coragem e loucura do capitão revelaram que a Terra não era plana, mas sim redonda.
É possível que a columbofilia praticada na sua colectividade seja plana. Eventualmente, pode acontecer que necessitem de uma equipa de 80 a 150 pombos devido às más condições atmosféricas existentes na área ou então ao ataque das aves de rapina. Pode ser que faça muito calor e a humidade seja alta, mas nós acreditamos que a Terra na sua colectividade também é redonda. Acreditamos que um columbófilo que pratique a viuvez clássica (nos ninhos) poderá dominar todos os columbófilos que joguem os seus pombos numa viuvez de poleiros. Digo isto porque sempre assim foi no mundo columbófilo. É normal que a viuvez clássica mantenha os pombos mais motivados semana após semana.
Mudar uma mentalidade requer uma grande coragem e convicção. Uma vez que está a reiniciar a prática columbófila, é normal que cometa alguns erros. É quase certo que irá demorar alguns anos a construir uma boa base de reprodutores, assim como uma equipa consistente de voadores adultos. Capacite-se que sempre que falhar, alguns columbófilos da sua colectividade irão rir-se de si, atribuindo todos os falhanços ao método que pratica – viuvez nos ninhos. Aconselho-o a não se desviar do plano, pois tenho quase a certeza que, mais tarde ou mais cedo, o seu trabalho será reconhecido.
Permita-me ajudá-lo a avaliar a Campanha na sua colectividade. Disse-me que esta se prolonga por 12/13 semanas. Se só se voar um concurso por semana, aconselho-o a ter uma equipa de, digamos, 15 voadores. Se forem voados dois concursos por semana, nesse caso aponto o número para 30 pombos voadores. Lembre-se de que está a começar a construir colónia e tudo se torna mais complicado quando tem que lidar diariamente com 80 ou 150 pombos.
Faça um favor a si próprio. Analise os mapas de uma qualquer Campanha e anote o número do primeiro pombo de cada um dos melhores columbófilos da colectividade. Compare esse valor com o número total de voadores do columbófilo que está a analisar. 150 pombos não podem vencer as 12/13 provas e, por outro lado, não existe nenhum pombo que seja o primeiro do pombal na totalidade dos concursos. Se uma colónia tiver 80 voadores, numa Campanha é matematicamente impossível que cada um deles seja primeiro num concurso. Apenas um pombo pode ser o nosso primeiro. Apenas um pombo pode ganhar o concurso. Se assumirmos que na sua colectividade apenas se voa um concurso por semana, temos quase a certeza que o melhor columbófilo tem uma selecção de 8 a 10 pombos entre os seus 80 – 150 pombos e é entre estes que está o seu primeiro voador, concurso após concurso.
Tem uma decisão muito importante a tomar agora que está a construir um novo pombal e colónia. Seguirá a tendência dos restantes columbófilos ou optará por um novo caminho? Pelas suas palavras, aconselho-o a construir um pombal com uma dimensão apropriada a alojar uma equipa de 80 a 150 pombos, ou seja, a tendência da maioria dos columbófilos da sua colectividade. Desta forma, se não se sentir satisfeito com o nosso método de jogar uma pequena equipa de pombos, poderá sempre optar por aumentar o número de efectivos.
Permita-me preveni-lo que existem duas variáveis muito importantes no desporto columbófilo… motivação e selecção. Pombos não motivados voam para o pombal. Pombos motivados voam uma corrida para o pombal. Durante a Campanha, pombos viúvos (nos ninhos) motivados voarão muito melhor que viúvos de poleiros. Não tenham dúvidas, os casulos, os ninhos e fêmeas apaixonadas geram mais motivação que um simples poleiro. Acredito que se conseguir motivar os seus pombos jogados nos casulos, terá grandes hipóteses de marcar muitas vezes à frente dos seus adversários. Lembre-se que a Terra não é plana. É redonda.
A segunda variável é a selecção. Nem todos os pombos são bons voadores. De facto, apenas uma pequena percentagem dos pombos nascidos no seu pombal atingirá esse estatuto. No nosso caso, tiramos anualmente entre 100 a 200 borrachos, seleccionando uma média de 24 para a equipa de jogo e isto porque é extremamente difícil jogar 80 a 150 pombos na viuvez clássica (nos ninhos).
Aconselho-o pois, no seu primeiro ano, voar os 80 – 150 pombos, seleccionar os melhores ao longo da Campanha, de forma a que no seu segundo ano voe apenas com os melhores entre os melhores. Lembre-se que qualquer que seja o sistema adoptado, é imperativo que consiga motivar os pombos mais do que os seus adversários, caso contrário será mais um columbófilo a marcar bem quando o vento favorece a localização do seu pombal ou quando os seus pombos estão num dia sim.
No nosso caso, temos 6 machos numa secção de 150 cms de comprimento, 180 de profundidade e 180 de altura. Os casulos têm 61 cms de profundidade, por 72 cms de comprimento. Assim, os nossos 6 voadores têm apenas 120 cms de profundidade para se movimentarem, usufruindo de um espaço de 150 cms de comprimento, 120 cms de profundidade e 180 cms de altura. Apesar de que em cada uma das secções termos 6 pombos, esta tem umas dimensões suficientes para albergar o dobro dos voadores. Permitimos o contacto com as fêmeas após a chegada dos concursos e em pequenos períodos de criação. Aquando da lotação máxima, cada pombo usufrui de um espaço de 100 cms cúbicos e 200 quando estão sem fêmea.
Concordamos consigo, está totalmente fora de questão construir um pombal com espaço suficiente para acomodar 100 pombos à média de 100 cms cúbicos por pombo. Esta é a razão pela qual o aconselho a adoptar a viuvez clássica. A maioria dos columbófilos não tem tempo ou dinheiro para construir um pombal com as dimensões necessárias para praticar a viuvez clássica (nos ninhos) com 80 a 150 pombos, por esta razão existe uma tendência para praticar a viuvez de poleiros que, como se sabe, gera pouca ou nenhuma motivação, no entanto, poderá optar por um sistema híbrido, ou seja, jogar os pombos de ano em poleiros, seleccioná-los e no ano seguinte jogar os melhores na viuvez clássica. Para tal, é necessário um pombal com uma secção de 100 poleiros para jogar os borrachos e depois outras, mediante as necessidades, com 12 a 24 ninhos para a viuvez clássica.
A dimensão do pombal a construir depende assim do número de machos viúvos que pretendemos voar. A uma média de 20 ninhos por secção, é só fazer as contas.
Cada secção do pombal encontra-se dividida por portas que devem estar sempre fechadas, exceptuando quando os pombos se treinam à volta do pombal, em linha ou quando vão a concurso. Quando chegam as portas estão abertas, permitindo assim que estes encontrem o seu ninho. Fechamos as portas quando já estão todos no seu ninho, evitamos assim que voem de uma secção para outra. O nosso objectivo deverá ser que quando entramos numa secção, os machos estão no seu respectivo ninho. A dimensão de cada secção foi pensada para que quando entramos, os pombos não possam esvoaçar à nossa volta, o que não acontece se estas forem demasiado grandes.
O patim de entrada deve ter uma dimensão proporcional ao número de pombos da colónia. Por exemplo, se o bando for de 100 pombos, não faz sentido construirmos um patim com 90 x 90 cms. É demasiado pequeno e, passado algum tempo, começam a habituar-se a pousar no telhado, nos postes ou nas árvores, com todas as desvantagens daí inerentes. Lembrem-se que os primeiros prémios perdem-se por questões de segundos. No nosso caso, o patim tem 120 x 180 cms, espaço mais do que suficiente para acomodar toda a equipa.
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OS PEDIGREES SÃO MAPAS GENÉTICOS

Pedigrees detalhados até à quarta ou quinta geração é o único método de avaliar a constituição genética dos pombos-correio. Avaliar “à mão”, ou pelo sinal do olho, não revela de forma alguma a constituição genética.
As constituições genéticas variam de composições totalmente distintas até totalmente idênticas. Apesar dos pombos com composições genéticas totalmente diferentes poderem revelar-se reprodutores excelentes, os seus pedigrees apresentam pouca informação no que diz respeito à avaliação da sua capacidade como reprodutor, mesmo que tenham dado bons voadores na primeira e segunda geração, pelo que a única forma de testar o seu valor real é por tentativas. Em minha opinião, este é um processo lento e monótono, podendo arrastar-se por anos a fio e todos sabemos que a maioria dos columbófilos quer resultados quase imediatos.
Felizmente, existe um atalho nos pedigrees que poderemos seguir para estudar o respectivo mapa genético. Um método mais rápido e eficiente de prever a capacidade reprodutiva, ou prepotência, de pombos-correio via o seu pedigree. Esse método será o tema do artigo de hoje.
Prepotência pode ser definida como a capacidade genética de um pombo de forma consistente e regular reproduzir pombos-correio de categoria superior que marcam assiduamente no topo do mapa classificativo.
Num pedigree, a prepotência é frequentemente uma função de uma composição genética similar ou heterogénea, ou seja, se no pedigree aparece várias vezes o mesmo pombo ou pombos da mesma família, é quase certo que tais pombos são geneticamente prepotentes.
Quando pego num pedigree, analiso de imediato vários pormenores.
Devo dizer que mantenho um arquivo que vou actualizando dos pedigrees de pombos famosos. Analiso-os, estudo-os, verifico as combinações efectuadas…
o Um filho ou uma filha de um Pombo Ás é, na maioria dos casos, mais valioso do que um neto ou bisneto;
o Um filho de um casal formado por dois craques voadores é, na maioria dos casos, melhor do que um outro nascido de um casal constituído por um craque e uma fêmea que não tenha voado, a não ser que esta seja irmã ou filha de um Pombo Ás;
o Um filho, ou filha, de um irmão ou irmã de um Pombo Ás é, na maioria das vezes, melhor do que um neto, ou neta, do Pombo Ás.
Avalio a composição genética, calculando o número de pombos relacionados existentes no pedigree. É comum utilizarmos os termos cruzamento ou consanguinidade, seja ela mais chegada ou mais afastada, quando descrevemos a composição genética dos pedigrees. Por exemplo, a consanguinidade mais afastada (linear), como são os cruzamentos entre primos directos, tio x sobrinha, tio x tia. No caso dos primos directos, pelo menos dois dos avós do pombo são os mesmos. No caso de tio x sobrinha, o pai é irmão de um dos pais do pombo em questão. Os pais do pai também são um dos dois pares de bisavós.
Esta composição genética relacionada ou similar, pode constituir uma medida precisa da prepotência de determinado pombo, no entanto, é do conhecimento geral que pombos demasiado consanguíneos tendem a perder o seu vigor híbrido, o qual influencia negativamente as suas prestações desportivas.
Exemplo de um pedigree prepotente


O pedigree que agora apresentamos corresponde a um jovem macho voador do columbófilo Jeff, de nome “Mountain Man” que é filho do “Asteroid”, um filho do melhor casal de Emile Fourmanoir, adquirido na venda total realizada pela Família Herbots. O primeiro concurso de borrachos em que participei na Bélgica foi em 2006 e foi ganho por um bonito macho prateado que é irmão legítimo do “Asteroid”. “Asterix”, um outro irmão legítimo, sagrou-se 13º Pombo Ás de Velocidade da BDS. A mãe do “Mountain Man” é uma filha da irmã de ninho do “Asteroid”.
Ao analisarmos o pedigree. Verificamos que 3/4 deste apresenta o mesmo casal e apesar do pedigree não o apresentar, os pais do “Asteroid” também são aparentados. Este acasalamento é um típico tio x sobrinha e a maioria dos seus filhos possui um vigor híbrido que lhes permite voarem e reproduzirem bem. No pedigree, os pombos Fourmanoir são cruzados com um macho de Flor Vervoort, o “Young Lichte Bourges”, filho do “Kletskop” de Gommaire Verbruggen. Esta linha de pombos provou ser excelente quando cruzada com outras, incluindo a Fourmanoir.
Cruzamentos de nível superior são essenciais para criar pombos prepotentes
Antoine Jacobs gosta de cruzar pombos que sejam geneticamente 70% da sua “velha linha” com 30% de “sangue novo”. Se estudarmos os pedigrees de Antoine Jacobs, verificamos que a maioria dos cruzamentos são efectuados com irmãos ou irmãs de Pombos Ás nacionais. Nos últimos 10 anos, Antoine criou com irmãos dos campeões nacionais de Marien Fernand, Tom & Karl Hufkens, Jef & Luc Houben e com uma fantástica irmã legítima do “Kannibaal”. Cruzou ainda a sua linha com reprodutores de Flor Engels, Maurice Casaert e Irmãos Janssen. Refira-se que Antoine é amigo pessoal destes fantásticos columbófilos e tem acesso aos melhores reprodutores dos seus pombais.
Porque razão Antoine insiste em cruzar com pombos de categoria superior? Porque teve a capacidade de, ao longo da sua vida, construir uma fantástica linha de pombos, tanto reprodutores como voadores, no entanto sabia que em apenas uma geração, poderia influenciar negativamente todo o seu trabalho, ao cruzar os seus melhores pombos com outros de categoria inferior. A ideia fundamental é que, uma vez construída uma linha própria de valor acima da média, não deveremos cruzá-la com pombos de valor inferior.
A forma mais simples de iniciar a construção de uma família prepotente é com dois irmãos, de qualidade excelente. Cruzem-nos com dois excelentes pombos e depois acasalem os seus filhos entre si, os quais são primos em primeiro grau. Como sabem, os irmãos podem ser legítimos ou meios irmãos, sendo que os legítimos geram mais semelhanças genéticas do que os meios-irmãos.
O acasalamento entre primos em primeiro grau pode ser efectuado das seguintes formas…
o Acasalar filhos de irmãos legítimos com filhos de irmãos legítimos;
o Acasalar filhos de meios-irmãos com filhos de meios-irmãos.
Pedigree Um

O Pedigree Um exemplifica duas formas diferentes de acasalar primos de primeiro grau. Cada um dos pedigrees cria um grau diferente de similaridade genética ou prepotência.
No Pedigree Um, 3 dos 4 avós são irmãos legítimos. Os filhos deste casal são altamente consanguíneos e deverão ter um grau elevado de prepotência. Em tais casos, os filhos terão uma grande probabilidade de se tornarem excelentes reprodutores, no entanto, este grau de prepotência pode resultar num vigor híbrido reduzido, um pormenor que os tornará em maus voadores.
Pedigree Dois

No Pedigree Dois, dois dos avós são irmãos legítimos, um dos avós é meio-irmão e um dos irmãos é o resultado de um cruzamento. Os filhos deste casal também são altamente consanguíneos e deverão ter um grau elevado de prepotência, por conseguinte, deverão ser reprodutores muito bons. Estamos também perante um caso em que o vigor híbrido é baixo e, por conseguinte, os filhos deste casal terão fracas possibilidades de serem bons voadores. Em minha opinião, um casal deste tipo deverá ser devidamente testado antes de ganhar um lugar definitivo no nosso pombal de reprodutores.
Pedigree Três

No Pedigree Três, todos os quatro avós são meios-irmãos. Os filhos deste casal também são muito consanguíneos e deverão ter um grau elevado de prepotência, pelo que os seus filhos deverão ser bons reprodutores, no entanto, este grau de prepotência poderá não resultar num vigor híbrido reduzido, ou seja, os seus filhos poderão ser bons voadores. Também aqui considero que o casal deverá ser devidamente testado antes de ganhar um lugar definitivo no nosso pombal de reprodutores.
Pedigree Quatro

No Pedigree Quatro, dois dos avós são irmãos legítimos e os restantes dois são de linhas completamente distintas. Os filhos deste casal também são consanguíneos e deverão apresentar um grau elevado de prepotência. Os filhos deverão ser bons reprodutores. Este grau de prepotência poderá não resultar num vigor híbrido reduzido, ou seja, os seus filhos poderão ser bons voadores.
Pedigree Cinco

No Pedigree Cinco, os avós são de linhas completamente distintas. Apesar de os filhos poderem ser prepotentes, não existe nenhuma garantia devido à diversidade genética que o pedigree apresenta. A única forma de o saber é experimentando. Os filhos deverão apresentar um grau elevado de vigor híbrido e poderão ser bons voadores.
Pedigree Seis

O Pedigree Seis é o meu favorito para tirar bons pombos voadores. O macho, Test 9A é fruto de um cruzamento tio x sobrinha. A fêmea, Test 9B, também é nascida de tio x sobrinha. Consequentemente, os filhos deste casal são fruto de um cruzamento de duas linhas consanguíneas. Os filhos terão uma grande probabilidade de serem bons reprodutores e a tendência é que também sejam bons voadores devido ao vigor híbrido gerado pelo cruzamento de duas linhas de pombos completamente distintas. Par tirar bons voadores, prefiro o Pedigree Seis ao Cinco.
O método científico contra a experimentação e o erro
Criar bons reprodutores deve ser o resultado de um processo científico e não fruto de pura sorte. Refiro que a sorte deve fazer parte do processo da reprodução, mas este deverá obrigatoriamente passar por um sistema científico de engenharia genética. Os seis pedigrees apresentados representam seis cenários diferentes de engenharia genética desenvolvidos com o auxílio de um método científico de criação. Existem muitas variantes destes 6 pedigrees. Ao utilizarmos este método de reprodução reduziremos a percentagem de bons resultados obtidos pela experimentação e sorte.
Prepotência contra a sorte
Nos pombos-correio, existe um equilíbrio muito ténue entre prepotência e vigor híbrido. O nosso objectivo deverá ser o de criar pombos com 50 a 70% de prepotência (consanguinidade) e 30 a 50% de vigor híbrido (diversidade genética, cruzamentos). Não existe uma relação exacta entre prepotência e vigor híbrido, mas deveremos apontar para valores de 50 – 50. Poderão experimentar na vossa colónia este valor e depois variar para cima e para baixo, digamos 40 – 60, 60 – 40.
Pombos para derbies
Os borrachos que enviamos para os derbies necessitam de ter um enorme vigor híbrido na sua composição genética de forma a competirem com a eficácia desejada nas mais variadas condições… geográficas, tipo de pombal, método de condução dos pombos, número de treinos e número de provas a contar.
É frequente que pombos consanguíneos necessitem de mais cuidados e tempo para amadurecerem, o mesmo quer dizer que se não tiverem um acompanhamento mais atento, coisa rara nos derbies, existe uma grande probabilidade de se perderem.
Para este tipo de provas, aconselho enviarem borrachos nascidos de um cruzamento de duas linhas muito consanguíneas, mas distintas. Uma grande percentagem de borrachos tirados nestas condições revelam-se voadores incríveis.
Uma outra alternativa é acasalar dois pombos em que os pais foram ou, por sua vez, são filhos de pombos campeões. É um método que já provou dar resultados, mas que requer um investimento considerável e, por isso, não está ao alcance de todos.
O meu conselho final será pois o de criar uma linha a partir de um ou dois pombos de valor, seguindo os métodos de acasalamento atrás descritos.
Boa sorte!!!

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Dados meteorológicos

Roda dos Ventos

Roda dos Ventos
Roda dos Ventos

Pontes Cardeais

Em termos acadêmicos, os pontos cardeais são quatro:
norte, inicial N, também
chamado "Setentrional ou Boreal".
sul, inicial S, também chamado
"Meridional ou Austral".
Leste ou Este, inicial L ou
E, também chamado "Oriente, Nascente ou Levante".
oeste, inicial O ou W,
também chamado "Ocidente ou Poente".
As marinhas de Portugal e do Brasil usam a forma leste para evitar confusão
com este, mas em geral é mais usual a inicial E, até por coerência
com as iniciais dos pontos colaterais.
Há também quatro pontos colaterais:
nordeste - NE,
sudeste - SE,
noroeste - NO ou
NW e
sudoeste - SO ou
SW.
Finalmente oito pontos subcolaterais:
nor-nordeste - NNE,
és-nordeste - ENE,
és-sudeste - ESE,
su-sudeste - SSE,
su-sudoeste - SSO ou SSW,
oés-sudoeste - OSO ou WSW,
oés-noroeste - ONO ou WNW,
nor-noroeste - NNO ou NNW.
E o somatório de todos
forma a figura conhecida como rosa-dos-ventos, geralmente inclusa na mesa das
agulhas de marear.
Entretanto, é sabido que a menor distância entre dois pontos na superfície da
Terra só pode ser representada com uma reta.
O arco de círculo que representa essa curva é também a fração ideal do
círculo máximo que une esses pontos, e essa linha tem o nome de ortodrómia.
A navegação sobre uma linha cardeal num meridiano não serve para outro, o que
obriga constantes cálculos e mudanças de rumos, já que os arcos de círculos máximos
não formam ângulos constantes com os meridianos e à medida que a derrota
aproxima o destino, os ângulos em referência aos meridianos precisam ser
corrigidos.
Com exceção dos pontos cardeais norte e sul, sobre o meridiano, ou leste e
oeste, sobre o Equador, seguir qualquer direção cardeal constante, tais quais
ilustradas em mapas, obrigará os navegantes a percorrer uma linha cardeal que só
faz ângulos
constantes com os meridianos
mas que não leva ao lugar de destino, correndo
o risco de o navegante se perder mesmo com uso de sofisticados instrumentos, com
o GPS.
Referências

Olho

ARTIGOS clientes Página Rob Woolliss é um dos principais escritores eyesign do Reino Unido eo seguinte é extraído de seu livro, 'eyesign' O seguinte é uma amostra do que está dentro do livro Os diagramas que estou usando destaque cada um dos cinco círculos do eyesign e são gerados por computador designs. Projetado originalmente por mim eles são levados de um dos meus vídeos, eu decidi usá-los como eles simplificam a tarefa de destacar os respectivos círculos do olho, nós terminamos com a fig. 6, que é cheio do olho completo. Aluno: Em todos os casos, sem exceção, e ele deve ser jet na cor preta, mais perfeitamente em forma (redonda), qualquer grau de misshape é totalmente inaceitável e tornaria o pombo de nenhuma utilidade para nós. O aluno deve ser nem muito grande nem muito pequeno, ele deve, contudo, casar-se em harmonia com os outros círculos. O CÍRCULO DE COR: Este é o segundo círculo que devemos levar em conta ao avaliar a qualidade pombos usando seu eyesign como um guia. Ele vem em uma infinidade de cores, todos os quais são iguais entre si, com exceção da variedade metálico, uma vez que estes são os mais adequados para fins de reprodução, muitas vezes tenho ouvido columbófilos em curso sobre a "supereye" que tem no sótão, gritando é louvores dos telhados, é algo para contemplar a muito "verde" cobiçado, acredite em mim esta linha de pensamento não só é muito tolo, também é um mito, pombos raça vencedores com todos os olhos coloridos e pombos vencer corridas com todos os olhos coloridos . O ponto que eu estou fazendo é que você não deve colocar qualquer importância maior em um pombo por causa de sua cor de olho só, não é isso que eyesign tudo. Eu, pessoalmente, gostaria de ver um bom amplo círculo de cor clara nos olhos de um velocista ou um destinado apenas para as corridas curtas, e para os candidatos de longa distância um círculo de cor ainda mais funcionando direito para dentro da íris. O círculo de ADAPIION: Este é o principal círculo de todos os cinco a partir do qual podemos ver de reprodução e / ou potencial de corrida. Mais uma vez este círculo vem em diferentes tons (varients de preto) a partir de um cinza claro pálido ao denso preto, e este círculo máscaras ou se senta em cima do círculo de cores, ela é composta de diferentes profundidades de pigmento escuro (composição) e está em este círculo que buscamos para encontrar os "anéis internos" linhagens, em maior ou menor grau. Vou explicar-me mais claro sobre este ponto, o que estamos procurando são linhas finas em círculos ou fragmentos de círculos dentro do próprio círculo adaptação. Quanto mais claramente definidos são os anéis internos, em seguida, muito maior é os pombos possíveis criadouros, não devemos esquecer serrilhas ao lidar com este círculo, como eles são importantes para, mais uma vez o mais fortemente serrilhada é este circula borda externa, maior mais uma vez, serão os pombos reprodutores potencial, um círculo muito fortemente serrilhada parece um pouco como a lâmina de uma serra circular, muito irregular. O IRIS: Isto, meus amigos, é na minha opinião o círculo mais importante de todos eles, e mais uma vez ele vem em todos os tons diferentes, principalmente as variantes do vermelho, eu gosto do pilar de fogo-box iris vermelho coloração brilhante para racng terra, e as profundas íris fígado vermelho-escuras coloração para competir no exterior. Outro casal de pontos interessantes notar, por Sprint correndo a íris não precisa ser especialmente granulada ou variou-montanha, mas para o de longa distância, e ainda mais a criação, assim o fazer precisa de uma abundância de ambos, qualquer que seja a cor de base da íris, que deve ser rica e brilhante, de fato espumante, qualquer fraqueza ou diluição do pigmento não é aceitável e não temos espaço para os pombos que carregam fracas ou defeituosas íris, este é a primeira coisa que bate em você quando você olha para um olho pombos, se carece de profundidade e brilho, então eu não quero isso e você também não deveria.O círculo exterior: Este é o último círculo da eyesign, o que torna a imagem completa, como o próprio nome sugere, ele aparece bem na borda externa do olho, em alguns casos, pode ser escondido pelo eyecere em si, ao contrário da crença popular, nem todos os pombos carregam esse círculo, mas não se esqueça os muito melhores que, ambos os pilotos campeões e produtores de campeões tenham em abundância ea mais pronunciada que é, o melhor neste círculo aumenta os pombos potencial para corrida ou de criação, eu suponho que é uma indicação de supremacia e este atributo superior foi ou esquecido ou ignorado por muitos especialistas eyesign longo dos anos. Tenho prova documentada de que a maioria dos pombos de primeira classe levar o círculo exterior, deve vir de fora para dentro para conectar-se ao círculo de cor, isso é o que eu chamo de se casar com o olho cheio completa. Outro ponto que eu devo fazer a ver com o círculo externo, que é de sua cor, será uma das duas únicas cores e eles vão em primeiro lugar ser do mesmo tom que a cor círculo No.2 e em segundo lugar com o mesmo tom que o No.3 o círculo de adaptação, nunca subestime o valor deste círculo. O OLHO COMPLETO COMPLETO 'FOGUETE' estoque Busscheart galo de propriedade de Sr. & Mrs. Bob Woolliss Sire / Gsire / GGsire de inúmeros vencedores "A galinha AZUL ' Busscheart piloto aposentado de propriedade do Sr. & Mrs. Bob Woolliss Entramos-la em apenas cinco corridas, ganhou todos os cinco.

Olho

Olho

O OLHO COMPLETO COMPLETO

ARTIGOS clientes Página Rob Woolliss é um dos principais escritores eyesign do Reino Unido eo seguinte é extraído de seu livro, 'eyesign' O seguinte é uma amostra do que está dentro do livro Os diagramas que estou usando destaque cada um dos cinco círculos do eyesign e são gerados por computador designs. Projetado originalmente por mim eles são levados de um dos meus vídeos, eu decidi usá-los como eles simplificam a tarefa de destacar os respectivos círculos do olho, nós terminamos com a fig. 6, que é cheio do olho completo. Aluno: Em todos os casos, sem exceção, e ele deve ser jet na cor preta, mais perfeitamente em forma (redonda), qualquer grau de misshape é totalmente inaceitável e tornaria o pombo de nenhuma utilidade para nós. O aluno deve ser nem muito grande nem muito pequeno, ele deve, contudo, casar-se em harmonia com os outros círculos. O CÍRCULO DE COR: Este é o segundo círculo que devemos levar em conta ao avaliar a qualidade pombos usando seu eyesign como um guia. Ele vem em uma infinidade de cores, todos os quais são iguais entre si, com exceção da variedade metálico, uma vez que estes são os mais adequados para fins de reprodução, muitas vezes tenho ouvido columbófilos em curso sobre a "supereye" que tem no sótão, gritando é louvores dos telhados, é algo para contemplar a muito "verde" cobiçado, acredite em mim esta linha de pensamento não só é muito tolo, também é um mito, pombos raça vencedores com todos os olhos coloridos e pombos vencer corridas com todos os olhos coloridos . O ponto que eu estou fazendo é que você não deve colocar qualquer importância maior em um pombo por causa de sua cor de olho só, não é isso que eyesign tudo. Eu, pessoalmente, gostaria de ver um bom amplo círculo de cor clara nos olhos de um velocista ou um destinado apenas para as corridas curtas, e para os candidatos de longa distância um círculo de cor ainda mais funcionando direito para dentro da íris. O círculo de ADAPIION: Este é o principal círculo de todos os cinco a partir do qual podemos ver de reprodução e / ou potencial de corrida. Mais uma vez este círculo vem em diferentes tons (varients de preto) a partir de um cinza claro pálido ao denso preto, e este círculo máscaras ou se senta em cima do círculo de cores, ela é composta de diferentes profundidades de pigmento escuro (composição) e está em este círculo que buscamos para encontrar os "anéis internos" linhagens, em maior ou menor grau. Vou explicar-me mais claro sobre este ponto, o que estamos procurando são linhas finas em círculos ou fragmentos de círculos dentro do próprio círculo adaptação. Quanto mais claramente definidos são os anéis internos, em seguida, muito maior é os pombos possíveis criadouros, não devemos esquecer serrilhas ao lidar com este círculo, como eles são importantes para, mais uma vez o mais fortemente serrilhada é este circula borda externa, maior mais uma vez, serão os pombos reprodutores potencial, um círculo muito fortemente serrilhada parece um pouco como a lâmina de uma serra circular, muito irregular. O IRIS: Isto, meus amigos, é na minha opinião o círculo mais importante de todos eles, e mais uma vez ele vem em todos os tons diferentes, principalmente as variantes do vermelho, eu gosto do pilar de fogo-box iris vermelho coloração brilhante para racng terra, e as profundas íris fígado vermelho-escuras coloração para competir no exterior. Outro casal de pontos interessantes notar, por Sprint correndo a íris não precisa ser especialmente granulada ou variou-montanha, mas para o de longa distância, e ainda mais a criação, assim o fazer precisa de uma abundância de ambos, qualquer que seja a cor de base da íris, que deve ser rica e brilhante, de fato espumante, qualquer fraqueza ou diluição do pigmento não é aceitável e não temos espaço para os pombos que carregam fracas ou defeituosas íris, este é a primeira coisa que bate em você quando você olha para um olho pombos, se carece de profundidade e brilho, então eu não quero isso e você também não deveria.O círculo exterior: Este é o último círculo da eyesign, o que torna a imagem completa, como o próprio nome sugere, ele aparece bem na borda externa do olho, em alguns casos, pode ser escondido pelo eyecere em si, ao contrário da crença popular, nem todos os pombos carregam esse círculo, mas não se esqueça os muito melhores que, ambos os pilotos campeões e produtores de campeões tenham em abundância ea mais pronunciada que é, o melhor neste círculo aumenta os pombos potencial para corrida ou de criação, eu suponho que é uma indicação de supremacia e este atributo superior foi ou esquecido ou ignorado por muitos especialistas eyesign longo dos anos. Tenho prova documentada de que a maioria dos pombos de primeira classe levar o círculo exterior, deve vir de fora para dentro para conectar-se ao círculo de cor, isso é o que eu chamo de se casar com o olho cheio completa. Outro ponto que eu devo fazer a ver com o círculo externo, que é de sua cor, será uma das duas únicas cores e eles vão em primeiro lugar ser do mesmo tom que a cor círculo No.2 e em segundo lugar com o mesmo tom que o No.3 o círculo de adaptação, nunca subestime o valor deste círculo. O OLHO COMPLETO COMPLETO 'FOGUETE' estoque Busscheart galo de propriedade de Sr. & Mrs. Bob Woolliss Sire / Gsire / GGsire de inúmeros vencedores "A galinha AZUL ' Busscheart piloto aposentado de propriedade do Sr. & Mrs. Bob Woolliss Entramos-la em apenas cinco corridas, ganhou todos os cinco.

Erros

No que concerne à seleção, cometem-se os seguintes erros: Há muita gente que começa a pensar desde muito cedo que determinado pombo será muito bom. O mesmo pombo, para ser um campeão, poderá ser considerado apenas como um pombo de média qualidade, e pode seguir para o pombal dos reprodutores se estiver na colônia de um columbófilo de média categoria. Outros conservam pombos como reprodutores, onde não devem ter lugar. Por exemplo, pombos com idade de quatro anos que nunca reproduziram um bom voador. Esse tipo de pombos está lá devido à sua origem ou porque o seu preço foi elevado. No que respeita aos pombos de competição, é a mesma história. Um pombo de dois anos raramente faz melhor o seu trabalho quando se vai tornando mais velho. è por isso que a idade de dois anos, o pombo deve mostrar todas as suas qualidades, caso contrário terá de analizar-se a situação e dar-lhe o caminho mais conveniente. É por essa razão que os maiores campeões da Europa viajam com tantos pombos do ano.

Os Dez Mandamentos?

Os Dez Mandamentos?Extraído de "Problem excrementos Explicada" (Página 53 - Tratamento)Tente descobrir o que está errado com as aves. Excrementos pobres são apenas um sintoma, não uma causa - o "porquê" por trás da necessidade de qualquer tratamento. (Em outras palavras, não existe tal doença como "maus excrementos", o tratamento deve ser no sentido de remover a causa, e não apenas suprimir os sintomas). Assim como "por que", que você precisa saber "o que" você está dando. Um nome em um pacote não deve ser suficiente para que o apreciador inteligente. Os rótulos de pacotes de produtos holandeses são mais informativos do que em produtos belgas. Mesmo que o rótulo é em holandês, o "enhalte" (conteúdo) deve dizer-lhe o suficiente para reconhecer as drogas utilizadas - a linguagem da química é internacional! (Uma consideração importante ao usar os produtos importados. Nomes comerciais diferentes, mas é o componente ativo que carrega a informação importante. Por exemplo, se você estiver olhando para alterar o seu tratamento anti-trichomonal, uma simples mudança de marca pode resultar em o uso da mesma droga. A situação se agrava quando o componente ativo não pode ser identificado informações. confiáveis ​​sobre medicação passado (mesmo quando mal sucedido) pode ser um poupador de tempo valioso quando se trata de casos problemáticos). Sempre dose completa para tempo integral. antibacterianos são venenos bacterianas, eles precisam ser administrados em doses altas o suficiente / tempo suficiente. A menos que isso seja alcançado, as bactérias que sobrevivem são aqueles que foram a mão mais resistente e esta resistência para as gerações seguintes. Desenhe sua própria analogia com ratos de envenenamento - você não deixar de fora um "pouco" de veneno, uma vez por semana. No entanto, muitos criadores de tomar essa atitude aos antibióticos e anti-trichomonals em particular. Misture em um balde, não os bebedouros de aves morreram de overdose de medicamentos sem mistura. Misture medicamentos bem! Isso se aplica especialmente para Tiamulina, onde uma solução concentrada pode matar tão rapidamente, que as aves nem sequer fugir do bebedor. Se você começou, terminá-lo. Não "chop e mudança", em meados de tratamento. (Lembre-se a capacidade das bactérias para desenvolver resistência aos medicamentos. Não só nas gerações seguintes, mas a resistência pode ser transferido para outras bactérias não relacionadas presentes no momento). Muitos produtos importados são tratamentos Blunderbuss. Eles têm de ser, por sua natureza, a makers não sabe nada de seus pássaros. Por que dar cinco antibióticos, com todos os inconvenientes, quando uma escolha correta fará o trabalho? (Esta é uma perspectiva veterinária britânica Embora eficaz em alguns casos, uma abordagem tão bacamarte -. "Dar-lhes um pouco de tudo, desde que não sabemos o que está errado" - o tratamento é o segundo melhor para um diagnóstico preciso e direcionado). Não entregar em "pedaços que sobraram." O próximo apreciador pode não precisar do mesmo, nem tem o suficiente. (Isso acontece o tempo todo, geralmente com a melhor das intenções, mas agora estamos de volta onde começamos - ignorando o "por que", "o quê", o "alto o suficiente / longo doses o suficiente" Quando você entende estes princípios, você pode começar a ver algumas das razões por que os nossos pássaros e nosso esporte está acontecendo de errado. Dez mandamentos? Nós só ter coberto oito. dois estão desaparecidos, mas, em seguida, que é competência do pombo! Frank Harper

Teoria do Olho




Randy Goodpasture e sua Teoria do olho


Sinal dos olhos é um tema muito discutido na pomba mesa. Apesar de nada, mas
a teoria, que tem atraído o interesse de muitos fãs de pombos-correio para
ano. Comparação dos olhos de uma pomba com um atleta humano, galgo ou um
cavalo de corrida, é como comparar um avião para um barco. Se você pensar
sobre isso, nenhum homem, cavalo ou cão pode voar. Nem é necessário para
orientar rapidamente e voltar para casa como o pombo.

Eu acho que o Pombo-correio é baseado em múltiplos sentidos para encontrar o
caminho de casa. Por exemplo, o sol, as estrelas, o campo magnético da Terra,
audição e olfato, só para citar alguns. Isso explicaria por que algumas aves
voam melhor em certos dias de outros pássaros. Se estiver nublado e o pássaro
não pode ver o sol, então ele deve se adaptar rapidamente a usar um outro
sentido, como o campo magnético da Terra. As aves são, talvez, o melhor que
pode se adaptar rapidamente e se concentrar mais rápido do que os menos
dotados.

Se alguém acredita que nossas aves usam o sol e o campo magnético da Terra,
em casa, em seguida, assinar o olho certamente poderia desempenhar um papel
importante neste processo. Que absorve a luz e diz ao cérebro que você está
vendo e ainda pode-lhe dar uma boa ideia da história da saúde do corpo vivo.
Em pombos é importante para eles ter um bom olho saudável e forte e uma
textura da íris bom e forte. O aluno deve ser rápido para se mover e mover-se
livremente para detetar o perigo e manter uma velocidade constante. A íris
deve ser texturizados e cores ricas para permitir ao aluno fazer o seu
trabalho de deixar a luz nos olhos em si, mas o sangramento através de uma
luz muito íris lavado pálido.

Devemos sempre manter uma mente aberta, se queremos continuar aprendendo.
Para mim, o olho é muito importante se o pássaro tem tudo fisicamente
precisa. Equilíbrio, músculo, asa boa, e o dinamismo são todos de qualidade
importantes, necessárias em um pombo de corrida. Temos ferramentas para
trabalhar com a seleção. Se todos os vencedores dos vencedores de corridas
não seria criação de um grande número de agricultores a cada ano e a compra
de novas ações. Não é tão simples assim. Sinal dos olhos é uma grande
ferramenta na minha opinião, e certamente dá uma pequena vantagem ao
selecionar aves para o loft estoque. Adicionados a um bom desempenho
genealogia marca sonora inteira, o olho pode tornar o processo de seleção
ainda mais sucesso.

Por uma questão de simplicidade, a seguir agrupadas em duas classes olhos
color. Perla e amarelo. Existem diversas variações de cada classe de cor.
Esses olhos são apenas alguns dos olhos que eu prefiro ter uma chance no loft
estoque. Estes são os olhos do ensino básico com base no bom sinal externo do
olho e qualidade de pigmentação da íris. Sem ficar muito complicado eu
mostrei umas seções Gráfico olho descrever o olho a ser examinado em primeiro
lugar.
Anel externo, na minha opinião deve
ser da mesma cor que o sinal de
olho anel.

A íris deve ser rica em cores, independentemente da cor em si e tem um monte de boa pigmentação. Pegue um pedaço de papel alumínio e alguma queda com a mão em uma bola de papel alumínio. Desfazer o papel alumínio e tem um efeito enrugado. Esse especto é o que muitos querem dizer com pigmentação ou cor das montanhas.

O anel de olho é
melhor entrar criadores, quando ele é grosso e bem falado.
Este anel é tão espesso Por vezes, a ave parece
ter uma grande pupila. Este anel é por vezes tão
grossa que a ave parece ter uma
grande pupila. Este
anel pode ser de qualquer cor de
amarelo, verde, cinza, azul, branco ou preto. A cor é de pouca importância, desde
que tenha engrossado.

O aluno deve ser maior somente na escuridão ou sombra. Alguns, como o
aluno se inclinar para frente ou
olhar como se o pássaro está
assistindo. Para controlar o movimento do aluno mantenha o pássaro
com o seu dedo indicador na
parte superior da cabeça e polegar
sob seu olho. Com a outra mão
em volta da área pássaro da cauda, ​​mova
rapidamente o polegar para trás
e ver se o pássaro reage
transformar seu aluno a olhar para o seu movimento polegar.

Grupo A Olhos Amarelos





Teoria do olho


Parece haver uma forte correlação entre as aves que têm bons
olhos como potencial definido e
reprodutiva. Não causal, ou seja, ter um olho não garantir o potencial reprodutivo. Deixe-me explicar com um exemplo simples.
A altura média dos jogadores de basquete
da NBA é mais de
6'' '6. Nem todo mundo é a altura dos grandes jogadores
de basquete. Além disso, sendo maior do que a média não faz um jogador de basquete. Às vezes, a 5 '6 jogador "tem
sido bem-sucedida, mas isso é muito raro. Seria de pensar que alguém na torre 7 '6 domina o jogo. Mas
nós achamos que esses jogadores não costumam ter outras características
necessárias para jogar multa. Da mesma forma, um pombo pode ter um grande olho, mas faltam muitos outros fatores. Além dos olhos, a ave deve ter boa
capacidade reprodutiva,
habilidade atlética e coração para jogar
o jogo certo.
Minha posição no sinal olhos de anos de
observação e da experiência, é
que a utilização desta teoria pode
ser útil na seleção de aves
de títulos. Eu presto atenção muito pouco para a seleção de folhetos. No entanto, se
você tiver um panfleto excelente
com um grande olho, aumenta a
probabilidade de que ele será um bom
reprodutor. Eu não consigo lembrar o excelente manuseio criadoras
características sem olhos bom sinal.
Além disso, tenho tratado muitos pássaros com olhos grandes que eram inúteis. Infelizmente,
eu comprei também.
Uma coisa é certa. Todo mundo olha
para o olho, mas nem todos concordam com
o que é pedido. Por agora, olhar
para o tamanho da pupila pequena,
a densidade da íris e um grande círculo
de correlação.
Em conclusão, a minha opinião é que, se uma ave tem um
bom olho e uma boa família é
provável que seja um bom candidato para a galeria de reprodução.
Andrew Skrobot

História do Pombo Correio

A história dos pombos correio é tão antiga quanto a própria humanidade e para compreendê-la é necessário observar e ler os relatos antigos pinturas, pergaminhos, altos e baixos relevos entalhados por artistas da Antigüidade em pedra, mármore, madeira e outros materiais que contribuíram para perpetuar a história dos pombos correio através dos milênios.Aristóteles, Plínio, Heliano e outros já falavam do instinto dos pombos correio para retornarem aos seus locais de nascimento ou para os locais onde se aninhavam. Os pombais fixos e móveis dos romanos constituíam um importante recurso na estratégia militar de suas legiões. Havia pombais que possuíam seis mil pombos convenientemente treinados, segundo observa-se até hoje em baixos relevos esculpidos no Capitólio Romano. Os pombais fixos e móveis montados entre torres corriam por toda a costa do Mediterrâneo. Eram constituídos de jaulas de fácil transporte, assim se explicando como César e seus comandantes de legiões podiam ser informados tão rapidamente dos movimentos de seus inimigos sufragando a tempo conflitos e rebeliões. Devido a isso, no topo dos cetros usados pelos generais romanos em cerimônias triunfais, via-se um pombo correio entalhado em madeira rara, ouro ou prata. Por outro lado, navios romanos também possuíam pombais móveis a bordo. Ainda no Império Romano os resultados das lutas entre gladiadores eram anunciados aos amigos e parentes distantes por meio dos pombos correio. Já no Egito, o governo anunciava as altas e baixas do Rio Nilo, usando o mesmo sistema de comunicação, objetivando alertar moradores e lavradores em suas margens. Como se vê a origem dos pombos correio é remotíssima. As primeiras referências que se tem conhecimento, além das bíblicas, remontam à quinta dinastia egípcia, cerca de três mil anos antes de nossa era. Na Síria, os pombos eram aves sagradas. Na Pérsia, sua criação era privilégio apenas dos maometanos, havendo cristãos que se convertiam de religião apenas para poder criá-los.Passados anos e com a chegada da era moderna, os pombos correio passaram a ser criados para competição (pombos de corrida). O primeiro concurso de pombos correio efetuou-se na Bélgica em 15 de julho de 1820. Entretanto, na Guerra de 1914 e na Segunda Guerra Mundial tiveram papel relevante. Mais recentemente, foram utilizados pelos americanos nas guerras da Coréia e do Vietnã, quando mais uma vez provaram ser ainda um útil e importante elemento como instrumento de comunicação.Os pombos dividem-se em selvagens e domésticos, que por sua vez dividem-se em três grupos: pombos de corte, embora todos os grupos possam ser criados para servir de alimento; pombos ornamentais, os quais compreendem a maioria das raças criadas em todo o mundo; e pombos correio, atualmente denominados de pombos de corrida, os quais são conhecidos por seu desenvolvido instinto de retornar ao local onde nasceram ou foram criados desde jovens. Atualmente, os maiores criadores e competidores do mundo são Bélgica, Polônia, Holanda, Espanha, Portugal, Alemanha e China com finalidade esportiva.O mistério do instinto dos pombos correio ainda é uma incógnita. Sabe-se que a visão, a memória e o grande amor pelo pombal onde foi criado fazem que quando soltos a grandes distâncias (até mais de mil quilômetros) retornem ao seu lugar de origem. Pesquisas mais recentes elucidaram que o pombo correio, o salmão, o homem e alguns outras animais possuem em certas células cerebrais cristais de magnetita, um material magnético natural. Os cristais alinham-se no campo magnético da Terra de um modo muito semelhante ao das agulhas de uma bússola que é usada por essas espécies como um quadro de referência para navegação, segundo Ratey J. John em seu livro “O cérebro: um guia para o usuário”, Rio de Janeiro, Editora Objetiva Ltda. Mesmo assim, acreditamos que pouco se sabe sobre o instinto do pombo correio e muitas pesquisas ainda nos restam. A criação destas aves é relativamente fácil, bastando seguir os conceitos de higiene e alimentação e a construção de um pombal simples, limpo e arejado. Quando criados assim os pombos correio não adquirem doenças e nem as transmitem como a maioria das pessoas tem idéia errada. Eles são tratados e alimentados como verdadeiros atletas, são fortes, robustos e muito espertos. O período de incubação é de 16 a 18 dias e a fêmea põem dois ovos.A velocidade de um pombo correio é de 50 km/h, sendo que bem treinados podem chegar a 60km/h. Filhotes com cinco meses de idade já podem ser treinados a uma distância de até 300 km e quando adultos, em torno de um ano, podem retornar de mais de mil quilômetros. A Sociedade Columbófila do Paraná realiza torneios durante o ano e orienta aqueles que desejam iniciar nessa atividade, realizando reuniões mensais com seus sócios e simpatizantes.Por: João Marcos Baroni, médico veterinário aposentado da UFPR